Postado em 18/03/2020
Se parar de fumar faz parte das suas metas para 2020,
pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmam que mais pessoas
conseguiram parar quando deixaram de fumar de uma vez do que tentando
reduzir a dose gradualmente para tentar parar.
No método abrupto, o fumante escolhe o dia, que pode
ser uma data significativa, como datas comemorativas, e a partir da data, não
fuma mais nenhum cigarro. Já no método gradual, a quantidade de cigarros
fumados é diminuída diariamente, até que se chega o dia que para
totalmente. No estudo, o corte abrupto obteve 22% de sucesso, contra 15%
de método mais lento.
No grupo gradual, a enfermeira criou uma agenda de redução
para os participantes cortarem 75% dos cigarros ao longo de duas semanas.
No grupo de corte abrupto, os participantes também receberam adesivos
de nicotina de 21 mg por dia. Os voluntários não tiveram acesso a produtos
de ação curta, e podiam fumar como sempre fizeram até a data da
interrupção. Seis meses depois, apenas 15% do grupo gradual conseguiu manter a
decisão, contra 22% do grupo abrupto.
É claro que mesmo com uma efetividade maior do corte abrupto
no caso dessa pesquisa, cada pessoa deve escolher o método que achar mais
conveniente e se comprometer com ele. Tudo não acontece como um milagre.
Fatores pessoais e culturais também interferem no momento decisivo - e são eles
que mais pesam ao parar de fumar.
O ideal é ter um acompanhamento médico com uma equipe
multidisciplinar de saúde. Pois quando o paciente é bem orientado, a
chance de sucesso na parada do consumo do cigarro é muito maior. A
decisão sobre qual deles será o escolhido pelo médico especialista
depende da avaliação individual de cada caso, e da forma na qual o paciente se
encontre mais seguro e confiante.
No fim das contas, é preciso que a decisão seja verdadeira e
que parta do próprio fumante e não de amigos ou familiares.